quarta-feira, 9 de outubro de 2013


O aconchego do quarto
O calor das cobertas
O ar quente da respiração
Respiração proveniente de sonhos e pesadelos
Sorrisos e choros
Silêncio e gritos
No escuro do meu quarto é onde vejo tudo
A claridade prejudica minha visão
No escuro onde ninguém vê
É onde eu vejo.!
Ideias que não querem sair
Serem jogadas no papel
Um borrão de tinta
A folha branca manchada
Manchada de letras e linhas
E pronto você está lá
Uma seringa com tinta
Direto da medula
Essa é a minha caneta
Seringa na pele
Tinta, medula..
Esse é o meu papel
Papel de interpretar
Interpretar minha própria vida
No show da vida
Vida que vivo
Vivendo todos os momentos
Sou o artista dela
O palhaço do meu circo
O ator do meu filme
O papel dos meus textos
A tinha da minha caneta
Sou exatamente eu mesmo
Simplesmente Eu
Simples/mente
Mentem com simplicidade
Simples-mente
Mente e mentem.!
Menti também
- a tinta acabou e o papel está cheio de formas informáveis, formando nada em meio a tudo, exatamente como eu quis -
Algo assim, jogado e sem sentido, fazendo o maior sentido.!
Diogo Guedes
09/10/2013

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