sábado, 17 de agosto de 2013

Sabeee a diferença entreee eu e o muuundo???
Infelizmente o mundo não aceita a porra de vida louca que eu sigooo.. Hahahaha
Muuundo, te amo.. Mas a minha vida é uma deliciaaa.!
- chapado de Gin -
Diogo Guedes
17/08/2013

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

- maria lúcia -


Maria Lúcia não queria nada
Apenas o mundo pra chamar de seu
Alguém para o seu Romeu
Fazer tudo ou nada
Simples assim, só ser amada..
Maria Lúcia tinha tudo
E esse tudo ainda era pouco
Diante do pouco
Que para muitos era tudo..
Maria Lúcia teve o amor
Que tanto sonhou
E em uma gaiola o colocou
Ele chorou
Ela não se importou
E o seu Romeu
Por fim morreu..
.. e seu mundo ela perdeu

Diogo Guedes
15/08/2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Enojado de tudo
Querendo apenas o fim
Que seja rápido e indolor
Puro e seco
Que seja verdadeiro
E que quando meu despertador tocar
Eu não veja que tudo foi um sonho.!

Diogo Guedes
09/08/2013

... a unanimidade é burra..!
Diogo Guedes
09/08/2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

- vamos colocar músicas nessas letras -


Agora eu sei a falta que você me faz
Ontem eu tinha você aqui
Hoje não tenho mais
Porque você se foi meu bom rapaz

e essa saudade é ruim demais
sinto sua falta cada dia mais
porque você assim, novo demais
promete pra mim, voltar atrás

Estranho seria eu não chorar por você
Olho para os lados tentando entender
O rumo que tudo isso tomou, vai saber
Uma chance de te abraçar é tudo que eu iria querer

e essa saudade é ruim demais
sinto sua falta cada dia mais
porque você assim, novo demais
promete pra mim, voltar atrás

O seu sorriso era tudo que eu queria ver
Suas imitações esdrúxulas dos personagens da TV
O olhar sonhador que você nunca deixou de ter
Esse era você e eu nunca vou esquecer

e essa saudade é ruim demais
sinto sua falta cada dia mais
porque você assim, novo demais
promete pra mim, voltar atrás

- vamos colocar músicas nessas letras -
Leandro Andreola

Diogo Guedes
02/08/2013

- Davy Jones -



As ruas de Barcelona nunca foram um lugar que não despertasse algo em quem passasse por elas e não poderia ser diferente, sua névoa matutina era mágica, encobrindo as folhas nos chão caída das árvores com o gélido vento da noite, só lá beirando às 10h era possível ver o que realmente tinha onde pisamos.

Barcelona de suas ruas e mistérios, contos e mais contas para todo os tipo de apaixonados enchia os olhos da bela Alicia de la Rorra, menina pobre que morava apenas com seu pai no famoso bairro gótico, amontoado por suas ruas estreitas, formando um labirinto para turistas e aventureiros.

Alicia conhecia suas ruas como a palma de sua mão e jamais se atrevera a se perder em suas curvas muitas vezes iguais, ia pra lá e pra cá com a leveza de um pássaro em seus voos.

Todos os dias os dias Alicia acordava junto do sol e saia buscando flores pelas ruelas de seu bairro, sempre voltava pra casa por volta das 8h já com seu cesto repleto de flores, era seu ritual diário, uns a achavam louca por fazer isso todos os dias, outros que era para alegrar um pouco sua casa, tão triste com a dura vida que levara durante todo esse tempo, outros diziam que era apenas para alegrar seu pai já velho e que todos achavam estar doente e uns apenas que era um costume de menina.

Alicia poucas vezes se atrevia a sair de seu bairro e chegava todos os dias até a Praça Calle Rossello e voltava pelo mesmo caminho que fizera. Essa era sua feliz vida, uma mulher beirando os 21 ainda com rosto de menina e sorriso angelical. Alicia de la Rorra.

Davy Jones.. renomado pianista que em sua época de glórias conquistou Barcelona com canções de Mosart e Beethoven, nunca se perdoou pelo acidente fatal que vitimou sua esposa Jacques Jones e o deixou com uma sequela para toda a vida em sua mãe esquerda o impedindo de tocar piano e esquecer do trágico acidente. Davy Jones era um homem amargurado, fechado em seu casarão, o Casarão de Les Punxes, seu piano a muito abandonado no sótão já empoeirado não sabia o que era uma canção a anos. Davy dispensou todos os criados, motorista e vivia sozinho, poucas vezes saia de casa e já não tinha um motivo para viver, vivia apenas esperando a morte vir lhe buscar e te dar o beijo final, o beijo que te levaria para o descanso eterno, o descanso tão merecido que sua alma tanto almejava.

Davy apenas não havia mudado um de seus hábitos, o de sentar no banco da Praça Calle Rossello no dia do aniversário de Jacques e dar comida aos pombos, era o seu ritual com sua esposa, Jacques apaixonada por qualquer tipo de bicho pedia apenas isso como presente.

A manhã surgiu bela, talvez a mais bela de todas, assim que Alicia abriu a porta de sua casa os raios de sol lhe tomaram o rosto fazendo seus belos olhos castanhos brilhar, ela sorriu, pegou sua cesta e fora em leves passos atrás de suas flores.

Na mesma manhã para Davy o sol surgiu como todos os dias, cinzento. Davy foi até o banheiro onde lavando seu já surrado rosto não se reconheceu ao ver o reflexo diante de si, colocou sua melhor roupa, beijou a foto de Jacques do lado de sua cama lhe desejou os parabéns, pegou seu saquinho de pipocas e fora para a praça alimentar os pombos.

Alicia vinha feliz, sua cesta já estava quase cheia quando alcançou o que seria seu ponto final a Praça Calle Rossello, mas algo naquela manhã lhe vez ir mais além. Um homem solitário sem sorriso no rosto, apenas tendo como companhia um saquinho de pipocas já vazio e pombos ao seu redor. Ela não se lembrava de tê-lo visto por lá e se atreveu a chegar mais perto.

Davy sentado no banco já não pensava em nada, sentia apenas uma grande tristeza do rumo que sua vida havia tomado e de cabeça baixa não reparou a aproximação de Alicia. A jovem não entendendo o porquê da tristeza do homem, chegou perto do estranho e lhe ofereceu uma flor de sua cesta.

- Para o senhor. Pode ser que alegre um pouco seu dia.

Davy se assustou e levantou seu olhar quando avistou o belo rosto da jovem que nunca havia visto lhe oferecendo uma flor. Sem entender o que se passava Davy pegou a flor da mão, era uma linda rosa branca. Davy que sempre fora um cavalheiro com todos, olhou nos olhos de Alicia e lhe falou:

- Obrigado menina, mas acho que não nos conhecemos, correto?

Alicia sorriu e disse que não, mas que estava andando e o tinha avistado ali e se espantou com a tristeza que ele trazia junto de si e resolveu lhe dar aquela rosa.

Com medo da reação do homem a sua frente Alicia rapidamente se desculpou.

- Me perdoe, não queria incomodar, foi apenas uma atitude de impulso.. senti a necessidade de lhe dar isso, mas caso o senhor não aceite eu levo de volta e já vou me retirar.

Davy levantou-se e depois de muitos anos sorriu. Olhou para aquela menina em sua frente e disse:

- Calme menina, iria guardar a rosa. Já vou indo, mas de qualquer forma foi um prazer te conhecer.

Estendeu-lhe a mão e falou seu nome.

- Prazer Davy Jones.

Alicia sorriu e apertou a mão de Davy respondendo:

- Alicia de la Rorra.

Davy virou a costas e foi embora se perdendo entre as outras pessoas na praça e Alicia fizera o mesmo voltando para sua casa.

Davy chegou a sua casa, foi até a cozinha com a rosa na mão e encheu um copo com água para estender um pouco mais o tempo de vida daquela frágil flor.

O sorriso em seu rosto teimava em sair e Davy não entendia o porquê mais depois de anos se sentia bem.

Alicia chegou a sua casa com o mesmo sorriso, o sorriso de uma menina que descobrirá o último doce no armário, ou que ganhara uma bala da moça do bar. Ela só queria que a próxima manha chegasse logo para quem sabe ela encontrar o homem que fez com que suas pernas lhe conduzissem até além do limite de onde ia todos os dias.

Na manha seguinte Davy acordou feliz, fez seu ritual de todas as manhas beijando a foto de Jacques e foi ao banheiro, ao olhar no espelho, pode ver Davy Jones e isso lhe trouxe algo bom. Arrumou-se e foi de encontro com a praça que na manha passada havia encontrado Alicia.

Sem que tivessem marcado nada, quase que na mesma hora do dia anterior Davy e Alicia estavam conversando novamente, dessa vez Davy a convidou para sentar-se e ficaram quase que toda a manha conversando e sorrindo. Alicia foi interrompida por um susto e rapidamente levantou-se falando que tinha que ir. Davy sem entender o que se passava apenas perguntou se ela voltaria no dia seguinte, ela com passos rápidos apenas olhou para trás e sorriu.. Isso pra ele era um sim.

Chegando a sua casa Alicia se deparou com seu pai, o Sr. Martin de la Rorra, um senhor amável, mas já cansado devido a sua dura vida. Sr. Rorra estava chorando quando sua menina entrou pela porta, ele se levantou e abraçou sua menina achando que o pior havia acontecido.

Entre os soluços ele sussurrou:

- Não ficaria em paz, sem ver seu rosto mais uma vez. Te amo minha filha.

Alicia também chorando, falou:

- A hora certa chegará papai e estarei com o senhor.

Na manha seguinte Davy estava no mesmo lugar, porém Alicia não fora, ele sem entender o porquê da ausência voltou para sua casa. Longe dali, no bairro gótico uma equipe de enfermeiros prestava serviço à família Rorra, naquela semana Alicia não saiu de casa.

A semana foi lenta para Davy, ele não tinha visto Alicia e não sabia o que se passava, pouco sabia da menina que aos poucos estava te tirando do escuro e decidiu que da próxima vez que a vesse iria pedi-la em namoro.

O sol nasceu belo e Alicia pegou sua cesta e com um beijo em seu pai saiu de casa para mais uma "manha de flores". Davy até pensou  que o melhor seria ficar em casa, mas algo em seu coração o vez ir até a praça, chegando ao lugar de sempre ele avistou Alicia, a jovem já estava sentada no mesmo banco do qual eles já haviam se encontrado algumas vezes. Davy sorriu e foi ao encontro da menina.

Alicia levantou-se e deu um forte abraço em Davy, que sem entender retribuiu.

Aquela manha foi diferente de todas, elas conversaram muito e Alicia explicou o porquê da ausência durante a semana. Para Davy ela não pretendia ter segredos, falou que seu pai estava muito doente e que poderia ter apenas mais alguns meses e que em alguns dias ele precisava de atenção redobrada. Davy se propôs a ajudar, mas Alicia recusou e disse que não tinham mais o que fazer.

Davy e Alicia tiveram uma manha agradável e quando ela se levantou falando que tinha que ir, Davy a segurou pela mão e olhando em seus belos olhos castanhos a pediu em namoro. Alicia surpresa, abraçou Davy e chorando disse:

- Sim, meu amor.

Virou a costas e saiu correndo.

No banco deixou seu cesto com flores. Davy a pegou sorriu e voltou para sua casa.

Davy era outro homem, Alicia outra mulher, seus encontros eram restritos aquela praça, mas para ambos era ótimo, o bastante, ficavam todas as manhas juntos, Davy fazia milhares de planos e Alicia apenas concordava.

Davy disse a Alicia que queria que ela conhecesse sua casa que ele estava preparando-lhe uma surpresa, Alicia sorriu e beijando seu amado, disse:

- Sim.. em breve ficaremos juntos para sempre.

Davy voltou para sua casa, subiu até seu sótão já abandonado e empoeirado e depois de ano sentou de frente para seu piano e com muito esforço conseguiu tirar daquelas velhas teclas um pouco de música da qual ecoava por toda sua casa e alma. Não eram como antes as canções, mas Davy Jones se sentia melhor do que nunca.

A manhã surgiu bela, talvez a mais bela de todas, assim que Davy abriu a porta de sua casa os raios de sol lhe tomaram o rosto fazendo seus belos olhos brilhar, ele sabia que veria sua amada. Saiu de casa rumo à praça.

No bairro gótico a manha surgiu cinzenta, as pessoas se reuniam em frente à casa dos Rorra, todos esperavam que isso fosse acontecer, mas ainda assim era difícil de aceitar, alguns choravam, outros apenas tentavam confortar os demais.

Davy voltou para sua casa, triste.. mais uma vez Alicia não fora a seu encontro o que deixava Davy profundamente com medo, já que achava que sua menina lhe escondia algo. Entrando em casa Davy se deparou com o cesto de flores que Alicia havia esquecido no banco da praça outro dia, as flores já mortas dentro faziam apenas um volume de algo já sem vida. Davy decidiu jogar fora e deixar apenas o cesto. Ao tirar todas as flores mortas Davy se deparou com um papel, estranhando abriu o mesmo, com uma letra tremula algumas palavras diziam o que Davy tanto temia. Ela o havia enganado.

"Perdoe-me meu amor, não conseguiria te falar olhando em seus olhos e por medo de te perder antes, achei melhor deixar o tempo se encarregar de te dizer.

Não é meu pai que está doente e sim eu. Tenho uma doença terminal, algo que vem tirando meus dias a cada manha, algo que findará por me tirar desse mundo, algo que me separará de você!

Você me tornou a mulher mais feliz do mundo nesses poucos meses que ficamos juntos e sei que agora ficaremos juntos para sempre.. Esse cesto que finjo estar esquecendo na praça é apenas o pedaço de mim que deixo para você meu amor.

Saberás que no dia que eu não ir ao teu encontro e esse cesto você sentir a necessidade de limpar, achara esse bilhete e saberás que parti. Obrigado meu amor, por me fazer viver esses últimos meses como nunca vivi os outros anos.”

Te amo Davy..

Alicia, pra sempre sua.!!

Ao ler o bilhete Davy sentiu seu mundo desabando novamente sobre sua cabeça, tudo lhe veio à cabeça, Jacques, Alicia, sua sequela.. ele estava destruído.

Davy não sabia o que fazer, foi até sua sala sentou-se no sofá e com as mãos na cabeça apenas conseguia chorar e chorar. Davy abriu sua velha garrafa de uísque e com várias goladas em série tomou coragem do que fazer.

Pegou uma caneta e um pedaço de papel e escreveu um bilhete.

“O céu perdeu o azul em sua cor, o mundo jamais terá o cheiro com a morte de Alicia, nunca mais irei sentir o doce cheiro de seus cabelos misturado com o das flores que sempre trazia para mim”.

Alicia ficaremos juntos para sempre, farei como me pediu meu amor, o cesto sendo um pedaço seu para mim, deixarei um meu para você.!"

Naquela manha Davy Jones arrancou seu coração e guardou no cesto que era de Alicia, agora ambas as partes estavam juntas, o cesto sendo Alicia cuidando do coração de Davy.

Davy nunca mais saiu de sua casa, o Casarão de Les Punxes está sempre fechado, muitas falam que todas as manhas quando o sol bate na janela do sótão é possível ver a sombra de Davy Jones, um piano e um cesto sobre o piano.

Outras falam que é possível ouvir Davy tocando todas as manhas, ninguém nunca viu, mas todos acreditam que sim, Davy Jones guardou seu coração no cesto dado por sua Alicia e nesse cesto ele continua batendo enquanto o som do piano de Davy ainda tocar.

Diogo Guedes
01/08/2013 - 02/08/2013