domingo, 21 de julho de 2019

- a blusa dela estava do lado errado -


Vamos para algo com pouco entendimento
Talvez se entender é porque se encaixe perfeitamente nele!
Fui ali
Voltei logo em seguida
Não achei o que procurava
Tão pouco sabia o que era isso
Vi opções para ser minha procura
Nenhuma surtiu efeito e importância
Continuei por aqui
Já não sei mais se o copo esvaziou ou eu que bebi demais
A blusa não está esquentando
Tão pouco a lareira acendendo
O vinho avinagrado
A carne queimou
A cerveja derrubou
É tudo questão de ponto de vista
Oportunidade para novos itens?
Oportunidade de questionar e brigar?
"Emburrar"
Assim ficar
Eu disse "Oi, fique a vontade"
Uma pena que ninguém ouviu!

Diogo Guedes
21/07/2019

- ensaio sobre ela -


Sol aquecendo todas as extremidades do corpo
Mesas na calçada
Idas e vindas de pessoas
Pessoas com cigarros
Chapéus
Bolsas
Todas em uma sinergia incrível de não observar
Todas em grande sintonia em ignorar
Álcool gelado
Aquecendo o corpo das friezas do corpo
A alma rebate este espetáculo
Quer ser livre
Sair dali
Beber sua bebida
Em paz
Com paz
Sem todo esse rascunho frágil
Fragilizando ainda mais a vida
A alma pede amor
Ter dois filhos
Ir ao parque
Discutir Caetano
Andar descalço
E morrer de rir
A alma desprende-se
É alma é calma e livre
Sem rascunhos frágeis
O papel não precisa ser rasgado
Sem momentos frágeis
A alma pede amor!
Já viu que lá fora está calor?

Diogo Guedes
21/07/2019

- pro nada -


Amarrando-me em meio ao nada
Nada este que me segura como se fosse tudo
Tudo que já deixou de existir
Hoje ali, aqui, outrora pra lá
E tudo foi desbotando até desaparecer
Amarrado ao nada
Perdendo tudo eu vou
O nada que chamei de meu
Meu tudo que Deus me deu
O nada é só questão de percepção
Como pode o nada segurar?
Como pode amarrado ao nada ficar?
Diz a lenda que trocou suas certezas por alguns sonhos mágicos
Em terra de magia tudo pode acontecer
Muita calma nesta alma
Não hora
Senhora
Outrora
Embora!
Ahhhhhhhhhh se tu soubesse
Como machuca
Não machucaria mais ninguém

Diogo Guedes
21/07/2019

quinta-feira, 18 de julho de 2019

- por finais melhores -


E sumiu
Depois de tudo que riu
Apenas sumiu
Entre os dedos escapuliu
No meio da noite, não deu nenhum piu
Apenas foi... Não sorriu, apenas sumiu

Não se importou
A relação, cortou
Depois de tudo que rolou
Nada disso valeu... Seu plano bolou
Meu sono no meio da noite, pouco importou
Bate asas... Voou

Logo pela manhã despertei
Olhando para os lados, para mim perguntei
Onde foi que errei?
Pensei, pensei... Chorei
Trinta e sete segundos depois, levantei
Sorridente, pensei. Acabou, sou o novo Rei

Diogo Guedes
18/07/2019

- passagem -


O jeito dela levando minha calma
Trazendo consigo minha alma
O jeito dela doçura
Acalmando loucura
O jeito no breu
A amargura do meu
Talvez um grande acaso
Só quero mais um passo
Não era planejado
Muito menos esperado
Você sorriu
O mundo se abriu

Diogo Guedes
18/07/2019